Rio Comprido - Bairro com muita história


Rio Comprido - Bairro com muita história

O bairro fica no limite da Zona Central da cidade com a subprefeitura da Grande Tijuca, sendo de localização estratégica e privilegiada. Forma uma tríplice ligação entre as zonas Central, Norte e Sul, possuindo através do Túnel Rebouças, uma ligação com Cosme Velho, limitando-se com os bairros centrais de Santa TeresaEstácio Catumbi, além dos bairros nortistas de Alto da Boa VistaTijuca Praça da Bandeira, O bairro sedia uma das 33 regiões administrativas da cidade, a RA III, a qual rege os bairros de CatumbiCidade Nova e Estácio. No bairro encontra-se o Campus Rebouças da Universidade Estácio de Sá (o maior e principal da universidade), o Campus Rio Comprido da UniCarioca e a escola Fundação Osório, parte integrante do Sistema de Colégios Militares do Brasil. Sem esquecer claro do CAP (Colégio de Aplicação da UERJ) que se encontra na Rua Santa Alexandrina. Nesta, existe ainda a sede da Fundação Roberto Marinho e do INMETRO. No terreno onde ainda hoje é possível encontrar o Seminário São José. Ainda temos a Praça Condessa Paulo de Frontim, com um grande comércio em seu entorno, IGREJAS, HOSPITAIS E CLINICAS, ACADEMIA, SUBWAY, AMERICANAS EXPRESS, SUPERMERCADO EXTRA, PASTELARIAS, PADARIAS, PEIXARIA, AÇOUGUE, ARMARINHO, ESCOLAS E BANCOS.
 

O Rio Comprido é um bairro da Zona Central do Rio de Janeiro, que integra a III Região Administrativa junto com o Catumbi, o Estácio e a Cidade Nova. Durante o século XIX, foi um dos lugares preferidos de moradia de condes, viscondes e barões, de ingleses e alemães, da classe média mais abastada. Localizado no sopé da vertente norte do Maciço da Tijuca, viu suas características bucólicas mudarem rapidamente desde a inauguração do Túnel Rebouças, em 1967, quando se transformou no principal corredor de interligação entre as zonas Norte e Sul da cidade.

Com casas bem estruturadas, cercadas por grandes quintais, sofreu mudanças ainda mais radicais em suas feições a partir da construção do elevado Engenheiro Freyssinet, aberto ao tráfego em 1974. Hoje, moram no Rio Comprido quase 45 mil habitantes, porém, só por essa via expressa e pela Avenida Paulo de Frontin, circulam cerca de 150 mil veículos por dia. Transformado em lugar de passagem, o bairro sofreu depreciação, mas também resistiu a ela, mantendo algumas características bucólicas e belas construções que contam muitas histórias.

Bica e aqueduto

No tempo em que o abastecimento de água era feito por meio de bicas e chafarizes públicos, o rio que dá nome ao bairro cumpriu função importante para a cidade. Chamado de Iguaçu durante o período colonial, tinha a foz localizada na confluência das avenidas Francisco Bicalho e Presidente Vargas, onde chegava um braço da Baía de Guanabara chamado de Saco de São Diogo ou Enseada de São Cristóvão, que se estendia, na forma de manguezal, até as franjas do Campo de Santana. Junto com os rios Joana, Maracanã, Trapicheiros e Catumbi, que também desaguavam naquela área, integrava o estuário de São Diogo.

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Geografia do Rio Comprido e arredores, em 1500. Ilustração do Instituto Pereira Passos

Ainda na primeira metade do século XVII, foi construída, na foz do Iguaçu, uma bica, utilizada, principalmente, para o abastecimento de embarcações que ali chegavam adentrando a enseada – daí o nome de Bica dos Marinheiros. Em 2008, pesquisadores do setor do Patrimônio Histórico do município descobriram, na Rua Conde de Oliveira, no alto do Rio Comprido, próximo à Lagoinha, escombros de um aqueduto construído na primeira metade do século XIX.

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Aqueduto do Rio Comprido. Foto Fernando Mello, 2008, Suih

Sabe-se que esse aqueduto fazia parte do sistema de expansão de abastecimento de água, chamado de “Encanamento do Maracanã”, implantado logo após a chegada da família real. Segundo informações do setor de Patrimônio Histórico do município, foi o mais importante sistema de captação e distribuição de água potável do Rio de Janeiro durante o século XIX. O que não se sabe ainda é se o aqueduto foi construído na primeira etapa das obras ou se posteriormente, já que o encanamento continuou sendo expandido e sofrendo melhorias nas décadas seguintes.

Casa do Bispo

Na foz do rio, também havia uma cancela posta pelos jesuítas para demarcar o início de suas terras – elas iam até a Usina e chegavam ao Engenho Novo. A sesmaria do Iguaçu – que se transformaria, séculos depois, em parte do bairro do Rio Comprido – foi doada por eles ao segundo bispo da cidade, Frei Francisco de São Jerônimo, que, em 1702, ergueu ali uma bela residência de campo e instalou o Colégio Episcopal de São Pedro de Alcântara. Mas, segundo Brasil Gérson, em seu livro Ruas do Rio, foi a partir do bispado de Frei Antônio do Desterro (1745-1773), quando a região já estava mais povoada, que a chamada “Chácara do Bispo” tornou-se famosa, ou a mais notável entre todas as demais.

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Casa do Bispo. Gravura de Thomas Enders, 1817. BN-Digital, domínio público

A presença das figuras eclesiais marcou tanto a história do bairro que uma de suas ruas mais importantes, aberta em 1844, foi batizada de Rua do Bispo. A casa de campo episcopal, que existe até hoje, não fica, contudo, ali localizada, e sim na Paulo de Frontin, via inaugurada em 1919 com o nome de Avenida Rio Comprido. É a mais antiga construção do bairro e foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1938. Desde então, passou por vários donos. Entre eles, a Fundação Roberto Marinho, o Jornal do Brasil e o Centro Universitário Carioca, que a ocupa hoje.

Nobre adensamento

Como vários outros bairros do Rio de Janeiro, a ocupação e o adensamento populacional do Rio Comprido se incrementaram com a chegada da família real. A região foi beneficiada com várias obras e medidas implementadas pelo príncipe regente D. João, entre elas o aterro do Mangue de São Diogo, que visava melhorar a chegada à Quinta da Boa Vista e desenvolver a região no entorno.

Até então, o acesso do Rio Comprido à cidade se dava pelas estradas do Catumbi (atual Rua Itapiru) ou Mata-Porcos (no Estácio). Ao se chegar à Lagoa da Sentinela, aterrada no século XIX, era possível prosseguir ou pelo caminho de Mata-Cavalos (Rua do Riachuelo), ou por um outro que ia em direção ao Campo de Santana. Com o aterro do Mangue de São Diogo, o Rio Comprido ganhou mais uma alternativa de acesso. Também foi beneficiado com outras medidas de D. João, como a isenção do pagamento da décima urbana – uma espécie de IPTU da época – a quem construísse novas edificações na região.

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Chácara do Visconde de Estrela, P. G. Bertichem, 1856, BN-Digital, domínio público

Nesse período, estabeleceu-se no Rio Comprido parte daqueles que chegaram com a família real, ou que vieram para o Rio de Janeiro em função das novas oportunidades geradas pela abertura dos portos. Entre eles, vários ingleses e alemães. Muitos nobres também lá se instalaram em chácaras e casarões. Na Rua Bela Vista (atual Barão de Itapagipe), por exemplo, morava não só o fidalgo que, depois de morto, emprestou seu nome ao logradouro, mas também os condes de Sucena e de Bonfim.

No bairro, ainda residiram os viscondes do Rio Comprido e de Estrela, além de funcionários públicos, profissionais liberais e militares de destaque, como o médico da Princesa Isabel, Manoel Pimentel, o vereador e membro da Academia Imperial de Medicina, Roberto Jorge Haddock Lobo, o marechal Floriano Peixoto, o jurista e jornalista republicano Aristides Lobo...

Transformações

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Praça Condessa Paulo de Frontin, antigo Largo do Bispo. Foto RCTK Carioca, 2011, Creative Commons

Com a chegada do bonde, em 1870, a população do Rio Comprido aumentou. O acesso ao bairro melhorou ainda mais com a modernização da região portuária e o aterro do Saco de São Diogo, que culminou com a inauguração da Avenida Francisco Bicalho, na primeira década do século XX. O adensamento também trouxe problemas urbanos. Antigos casarões começaram a se transformar em cortiços e o esgoto das moradias mais precárias corria a céu aberto. Além disso, o rio passou a sofrer transbordamentos constantes.

Esse cenário melhorou em 1919, quando o então prefeito Paulo de Frontin retificou o leito do rio (que passava pela Rua Aristides Lobo), canalizou-o e construiu, em suas margens, um boulevard arborizado (que hoje carrega o seu nome). O bairro mantinha, até a abertura do Túnel Rebouças, um certo tom bucólico, principalmente em função de sua porção voltada para o maciço da Tijuca, que dava acesso apenas à Santa Teresa e ao Trilho do Sumaré.

Estrutura

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E. M. Pereira Passos, localizada na Praça Condessa Paulo de Frontin e inaugurada em 1922. Foto Denis Gahyva, 2015, Flickr, Creative Commons

Apesar de situado na Zona Central da cidade, a maior parte dos domicílios do Rio Comprido permanece residencial e o local conta com uma expressiva estrutura de ensino e saúde. Sua escola pública mais antiga é a E. M. Pereira Passos, inaugurada em 1922. No bairro também estão localizados o Colégio de Aplicação da Uerj, fundações educacionais (Bradesco e Osório) e universidades (Estácio e Unicarioca).

Entre os hospitais, destaca-se o da Aeronáutica, erguido na Rua Barão de Itapagipe, na década de 1930, no terreno em que ficava o casarão do Conde de Bonfim. Era lá que funcionava o Hospital Alemão, confiscado pelo governo federal durante a Segunda Guerra Mundial, quando se mudou para a Rua da Estrela com o nome de Hospital do Amparo.

No comércio, sobressai o Polo Têxtil, que atrai inúmeros profissionais e curiosos da área de moda e confecção de roupas, em função da grande quantidade de lojas especializadas em malhas, tecidos e aviamentos, que se estendem por um shopping e pela Rua Aristides Lobo.

 

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